O Professor Francisco Carlos conduziu nesta sexta-feira (19), de forma rêmora, a primeira reunião temática da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Lazer da Câmara Municipal com segmentos representativos da educação e sociedade sobre acesso e aprendizado no contexto de pandemia da covid-19. Os participantes discutiram o tema e vão elaborar um documento com os resultados da reunião propondo alternativas para implementação na Rede Municipal de Ensino.
Francisco Carlos explicou que está preocupado com a situação de alunos e professores e que o assunto precisa ser discutido para encontrar soluções viáveis à garantia do ensino de forma ampla durante a pandemia. “Temos a preocupação com o acesso e o aprendizado do aluno. Mas também com o professor, com suas condições de trabalho, os problemas e dificuldades que eles também têm enfrentado para oferecer o melhor aos nossos diferentes sistemas de ensino.”, destacou.
As opiniões dos segmentos da educação apontam preocupação comum dos sistemas de ensino: todos estão comprometidos com esforço para garantir acesso e qualidade. Algumas iniciativas positivas em execução foram destacadas na reunião como a capacitação dos professores e oferta de chips para alunos que não tem acesso a internet. Porém os participantes cobraram o estabelecimento de uma política que defina diretrizes e apoie os sistemas de ensino, como um plano articulado e com recursos financeiros assegurados.
Houve relativo consenso sobre à necessidade da Rede de Ensino atuar por meio do ensino híbrido. Contudo, foi pontuado que as dificuldades das crianças da Educação Infantil são ainda maiores, já que, o ensino por meio remoto não as alcança de forma adequada. A expectativa é que muitos estabelecimentos educacionais da rede privada encerrem suas atividades, o que vai provocar uma maior pressão sobre os sistemas públicos. Registrou-se, ainda, ausência de estudos e respostas para uma série de questionamentos sobre os efeitos da pandemia nos sistemas de ensino, tanto do ponto de vista educacional como até mesmo sobre a comprovação dos riscos no ambiente escolar. A vacinação é um recurso sanitário indispensável.
Participaram da reunião representantes das Redes Municipal e Estadual de Ensino, Escolas Particulares, Conselho Municipal de Educação, UERN, OAB, Vigilância Sanitária, vereadores e representantes de pais de alunos.
ENTRE OS OUTROS PONTOS DESTACADOS NA DISCUSSÃO
1) As condições de vulnerabilidade social a que os alunos estão expostos, especialmente das redes públicas Municipal e Estadual.
2) A necessidade de entrega de kits de alimentação para os alunos da rede pública de ensino. Em extensão, registro que a Rede Municipal deve entregar o fardamento dos alunos.
3) É necessário melhorar as condições de trabalho dos docentes que atuam por meio remoto. O apoio material, já que os professores usam seus próprios recursos para trabalhar. É necessário oferecer apoio psicológico para os professores e melhorar as condições de matérias nas escolas, já que algumas não dispõem de insumos básicos, como papel.
4) A melhoria das condições acesso dos alunos da rede pública (disponibilidade de conexão e equipamentos).
5) A elaboração de um diagnóstico situacional pelos sistemas de ensino. Sugere-se que a Rede Municipal possa divulgar um diagnóstico em até 20 dias.
6) O estabelecimento de mecanismo de planejamento, monitoramento e avaliação. No caso da Rede Municipal, sugere-se a adaptação e retomada Mapa Educacional e o pagamento do 14º salário. O município possui um sistema de planejamento e avaliação estabelecido pela premiada Lei de Responsabilidade Educacional, que está sendo ignorado, quando muitos outros municípios possuem instrumentos semelhantes em plena execução.